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Termômetro digital ou de espeto? Descubra qual é indispensável para sua cozinha industrial

Aferir a temperatura dos alimentos não é apenas uma exigência legal, mas um cuidado essencial para manter a segurança e qualidade dos alimentos servidos. Seja no recebimento, armazenamento, preparo ou distribuição, o uso correto de termômetros garante que os alimentos permaneçam fora da zona de perigo (5°C a 60°C), faixa onde microrganismos podem se multiplicar rapidamente.

Mas afinal, qual modelo escolher para sua cozinha industrial? Digital ou de espeto? Vamos entender a função de cada um, quando utilizá-los e como higienizar corretamente.

O controle de temperatura é um dos pontos críticos de controle (PCC) no sistema de segurança alimentar.

Ele garante:

  • Segurança higiênico-sanitária: impede proliferação de bactérias como Salmonella, Listeria e E. coli.
  • Cumprimento da legislação: a RDC 216/2004 (ANVISA) e legislações estaduais exigem registros de temperatura em diversas etapas da produção e distribuição de alimentos.
  • Preservação da qualidade: evita que o alimento perca textura, sabor e nutrientes por aquecimento ou resfriamento inadequado.

O termômetro digital é ideal para aferir temperaturas superficiais e especialmente útil para alimentos refrigerados e congelados.


É muito usado para:

  • Conferência no recebimento de mercadorias.
  • Monitoramento de câmaras frias, freezers e balcões refrigerados.
  • Triagem rápida de produtos expostos para venda.

Vantagens:

  • Leitura rápida e precisa (inclusive temperaturas negativas).
  • Portátil e fácil de usar.
  • Não perfura o alimento (em modelos sem contato).

Limitações:

  • Mede apenas a temperatura superficial.
  • Não indica a temperatura interna de peças grandes ou embaladas.

O termômetro de espeto é utilizado para medir a temperatura interna dos alimentos, sendo indispensável para confirmar que o centro atingiu a temperatura mínima segura.

É indicado para:

  • Preparações volumosas como assados, cozidos, sopas e molhos.
  • Conferência de cocção e reaquecimento.
  • Controle em distribuição quente (buffet).

Vantagens:

  • Mede a temperatura no centro térmico — o ponto mais crítico.
  • Garante que alimentos quentes atinjam pelo menos 70°C (ou valores específicos para cada tipo de alimento, conforme recomendações técnicas).

Limitações:

  • Requer higienização rigorosa para evitar contaminação cruzada.
  • Não é o mais prático para medições superficiais.
  1. Remover resíduos visíveis da haste ou ponta com papel toalha descartável e não reciclado.
  2. Aplicar álcool 70% líquido por fricção por 30 segundos ou imergir a haste (nunca o corpo) em solução clorada 200 ppm quando necessário.
  3. Secar com papel toalha descartável.
  4. Armazenar protegido, em estojo ou suporte limpo.
  • Digital para frios: usar no recebimento e no controle de equipamentos de refrigeração ao longo do dia.
  • Espeto para quentes: inserir no ponto mais espesso do alimento, evitando ossos e gordura, e aguardar estabilização da leitura.
  • Ponto de gelo: sonda em água com gelo deve marcar 0°C.
  • Ponto de ebulição: sonda em água fervente deve marcar 100°C.
  • Realizar mensalmente ou após impactos.

Não existe um “melhor” termômetro universal.

O digital é indispensável para frios, garantindo rapidez na conferência e segurança no armazenamento. O de espeto é essencial para quentes, certificando-se de que o alimento atinge temperaturas seguras no centro.

O ideal é que sua cozinha industrial conte com ambos os modelos, aliados a registros adequados e higienização correta, assegurando segurança alimentar e conformidade com a legislação.

A AR Consultoria de Alimentos oferece suporte técnico especializado para implantação de Procedimento Operacional Padrão (POP), treinamentos e controles de temperatura em cozinhas industriais. Garantimos segurança alimentar, conformidade legal e eficiência operacional para sua empresa.

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